O
uso de projetos nas escolas está cada vez mais frequente, e é dever do
professor estar sempre atualizado com isto, é de suma importância que ele (a)
saiba o que é projeto, como se deve trabalhar com projetos, e tudo mais que
envolva projetos.
Abaixo
alguns textos que auxiliaram os futuros professores e os atuais também.
“TEXTO 1”
“Quando
usar projetos”
“Projetos”
Além
de oferecer, como já assinalamos contextos nos quais a leitura ganha sentido e
aparece como uma atividade complexa cujos diversos aspectos se articulam ao se
orientar para a realização de um propósito – permitem uma organização muito
flexível do tempo: segundo o objetivo que se persiga, um projeto pode ocupar
somente uns dias, ou se desenvolver ao longo de vários meses. Os projetos de
longa duração proporcionam a oportunidade de compartilhar com os alunos o
planejamento da tarefa e sua distribuição no tempo: uma vez fixada a data em
que o produto final deve estar elaborado, é possível discutir um cronograma
retroativo e definir as etapas que será necessário percorrer, as
responsabilidades que cada grupo deverá assumir e as datas que deverão ser
respeitadas para se alcançar o combinado no prazo previsto. Por outro lado, a
sucessão de projetos diferentes – em cada ano letivo e, em geral, no curso da
escolaridade – torna possível voltar a trabalhar sobre a leitura de diferentes
pontos de vista, para cumprir diferentes propósitos e em relação a diferentes
tipos de texto.
“TEXTO
2”
"Projetos Escolares: A Motivação para Aprender"
"Projetos Escolares: A Motivação para Aprender"
Como profissionais da educação, quando pensamos em uma sala de aula, buscaram logo as soluções que sejam mais interessantes e viáveis para que os alunos tenham interesse e participação quanto aos conteúdos abordados.
Sabemos que existem as grades curriculares com os conteúdos adequados a cada série, que acabam dificultando o fazer do professor quanto a elaboração de uma temática onde todos esses possam se encaixar. Isso realmente seria impossível, mas o professor deve planeja-los e organiza-los de acordo com o centro de interesse da turma, de forma interdisciplinar, buscando uma fusão desses conteúdos. Pode-se, por exemplo, numa aula ciências, fazer experiências concretas, como uma receita de bolo, mostrando o processo de mistura, fermentação e após, solicitar que os alunos façam uma produção de texto do trabalho realizado, para avaliar os aspectos de linguagem escrita, gramática, vocabulário, criatividade e desenvoltura em português.
A proposta de se trabalhar com projetos é justamente a de proporcionar uma ambiante favorável ao saber. Por isso propomos que os temas sejam escolhidos juntamente com os alunos, para que esses se sintam valorizados em suas opiniões e que tenham prazer em estudar e pesquisar aquilo que "querem" e, principalmente, percebam que a sala de aula não é o lugar onde deve-se engolir os conteúdos passados pelos professores, mas um espaço aberto de trocas de conhecimento.
Os temas da atualidade se tornam mais interessantes para as séries do ensino fundamental, como ao aquecimento global, poluição, preservação do meio ambiente, biocombustível, dentre vários outros. Já os conteúdos antigos, como os de história, podem ser resgatados e comparados ao mundo moderno.
É importante que o professor promova espaços para pesquisas, discussões em grupo, montagem de painéis referente aos temas, maquetes, enfim, tudo aquilo que se tornar centro de interesse dos alunos, podendo aprofundar o estudo e o conhecimento a cada dia. E que esses materiais sejam acumulados podendo tornar-se ponto de culminância do estudo, em uma feira ou mostra científico-cultural.
Com certeza, com essa abertura, o sucesso acontecerá, pois um grupo ativo, motivado e envolvido produz muito mais do que os acostumados à passividade.
"TEXTO 3"
“Projetos nas escolas
combatem a violência com lições simples”
Racismo, brigas, bullying e outros
comportamentos agressivos estão sendo combatidos pelas escolas em diferentes
projetos que ensinam a cidadania. Em mais uma reportagem especial, integrante
do projeto Televisando o Futuro, você fica sabendo quais são as atitudes
tomadas por pais, professores e alunos no combate ao preconceito.
Alunos da Escola Municipal Durval
Pinto, em Apucarana, desenvolvem um projeto orientado pela professora Maria
Madalena das Neves, que se inspirou no livro "Qual é a cor do amor?",
para criar um teatro que coloca um elefantinho, vítima de preconceito, na busca
pela cor do amor. A iniciativa surgiu para combater casos de racismo, que
vinham se tornando frequentes, mesmo entre crianças pequenas.
Ela realizou a leitura do livro dos alunos e
incluiu os jovens estudantes no desenvolvimento de atividades conscientizantes,
que acabaram ganhando um caráter multidisciplinar, que ajudaram a mudar o
comportamento das crianças.
Em Cambé
No Colégio
São José, professores criaram um lema para ser repetido como um mantra na
escola: trate os outros da forma pela qual você gostaria de ser tratado.
Alunos, funcionários e professores refletiram sobre a frase.
Outra
iniciativa bacana realizada no colégio foi a série de palestras sobre regras.
Profissionais de diversas áreas foram convidados a ir ao colégio para conversar
com os estudantes. Eles falaram sobre as regras presentes em suas áreas de
atuação. O resultado superou as expectativas: as crianças passaram a
compreender que regras fazem parte do comportamento social.
"TEXTO 4"
"ELL"
O projeto ELL é um programa internacional e inovador que envolve alunos, educadores e pesquisadores e que visa o ensino da língua inglesa como ferramenta para tornar a criação cultural concreta e significativa, auxiliando as relações sociais e culturais da criança no ensino fundamental, possibilitando, um desenvolvimento intelectual mais sólido para o educando.
O uso das novas metodologias como ferramentas no ensino da língua inglesa nas séries iniciais, desenvolve as potencialidades individuais e ao mesmo tempo o trabalho coletivo, no intuito de promover a interação e a integração dos atores no projeto. Nosso projeto envolve o uso da internet como ponto de comunicação entre os profissionais e alunos do Brasil e dos Estados Unidos, além de ser utilizada nas rotinas das aulas, nas quais nossos alunos acessam websites previamente pesquisados e aprovados pelo projeto, que disponibilizam atividades interativas na língua inglesa, de forma a tornar o ensino do idioma uma atividade rica e interessante, além de reforçar os conceitos aprendidos em sala de aula. Utilizamos também materiais de alta qualidade produzidos nos Estados Unidos especialmente para crianças. Estes livros ricamente ilustrados, trazem para a sala de aula a realidade e a ficção de forma divertida e educativa.
Nosso projeto foi desenvolvido com base em quatro pontos principais:
- Capacitação
- Enriquecimento
- Oportunidade
- Intercâmbio
O projeto ELL atende as crianças a partir de 04 anos de idade e em sua primeira fase, está sendo implementado nas cidades de Piraí e Rio das Flores no estado do Rio de Janeiro e na comunidade do Candeal em Salvador - Bahia.
"TEXTO 5"
“Projetos
substituem séries e disciplinas em escolas brasileiras”.
Os 820 alunos da Escola
Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima, no Butantã, zona
oeste de São Paulo, não sentam em fileiras. Eles não estudam para provas e
dificilmente acompanham uma explicação no quadro-negro. Realizam suas atividades
em um grande salão e, com as tarefas em dia, têm tempo para participar de
oficinas que vão de aulas de dança à produção de um jornal. Baseado em
princípios como cidadania, autonomia e responsabilidade, o trabalho busca
desenvolver habilidades que vão além do currículo tradicional. "Nós
queremos formar pessoas conscientes de seu dever na sociedade", diz a
diretora, Ana Elisa Siqueira.
Depois de alfabetizados,
os alunos são divididos em dois salões - de 3º a 6º anos e de 7º a 9º -, onde
realizam tarefas propostas por meio de roteiros. Um exemplo: para aprender
sobre personalidades da história mundial, deve ler um texto sobre o músico
brasileiro Pixinguinha, no livro de português; observar pinturas de Debret na
parte de história; responder a questões a respeito de Brasília e Oscar
Niemeyer, propostas na apostila de geografia. Em 15 dias, cumprem cerca de 18
objetivos - todos desenvolvidos com base nos livros didáticos indicados pela
Secretaria de Educação de São Paulo. Como resultado, escrevem uma espécie de relatório
sobre o que aprenderam que é entregue e analisado pelo tutor.
É o aluno que decide qual
o próximo roteiro a ser executado. "Ele faz a opção dentro de um leque de
possibilidades. Isso não significa que outras coisas não devam ser propostas.
Essa liberdade não significa fazer o que quer, mas querer o que faz. O fato de
haver a opção por determinado assunto torna o aluno mais responsável, porque é
uma decisão dele", diz Ana Elisa. Concluídos todos os roteiros previstos
para o ano, é possível partir para a proposta da série seguinte. Quem não
consegue não é reprovado: a criança inicia um novo ano terminando as atividades
que deixou pendente, para então acompanhar o restante da programação. Além das
atividades de salão, há aulas de português, matemática e inglês - ministrado em
uma sala com quadro-negro -, além de educação física.
Ainda que estejam em fase
de desenvolvimento, a diretora, Ana Elisa, garante que os alunos têm
consciência de suas responsabilidades. "As crianças passam a compreender o
processo pessoal de aprendizagem. Elas vão aprendendo a lidar com as questões
de tempo, espaço, quantidade de trabalho. Não é um processo individual, mas
pessoal", diz. O primeiro ano, em fase de alfabetização, tem aula em uma
sala convencional, mas já começa a viver experiências próprias do trabalho
criado na década de 1970, na Escola da Ponte, em Portugal.
Nos salões, que existem
desde 2004, circulam professores de diversas disciplinas, orientados a auxiliar
alunos nas suas dificuldades. As crianças e jovens ficam sentados em grupos de
quatro, não necessariamente da mesma faixa etária. Uma vez por semana,
reúnem-se com um dos tutores, que ficam responsáveis, cada um, por cerca de 20
estudantes. Todos os dias, há um momento reservado para uma roda de conversa, quando
alunos e professores relatam experiências, trocam informações e resolvem
possíveis dilemas da rotina escolar.
Márcia Carini é mãe de um
dos alunos que agora vai para o ambiente conhecido como salão. A jornalista,
que conheceu a escola por meio de uma amiga, chegou ao Amorim para ministrar
uma oficina de produção jornalística. "O método é muito democrático. As
outras escolas costumam excluir quem não consegue acompanhar, mas a ideia é um
ajudar o outro. Com isso, os alunos que são bons se sentem estimulados, porque
ajudam quem tem dificuldade, enquanto quem tem dificuldade é amparado por um
colega. Existe um espírito de cooperação", diz.
O fato de se tratar de uma
escola pública também chamou a atenção de Márcia. Ela acredita que seu filho,
antes matriculado em uma escola particular, convivia com um grupo bastante
homogêneo. A nova realidade diversificou seu círculo social. "Meu filho
não pediu um brinquedo sequer no ano passado. Essa convivência com pessoas
diferentes o fez entender que lápis e borracha não dão em árvore. Ele se vê
valorizado e valoriza também", destaca.
Um exemplo na esfera
privada é o da escola Lumiar, também de São Paulo, que atende crianças e jovens
de quatro meses a 14 anos. Lá também não há divisão por séries, e todas as
semanas os alunos participam de assembleias para tratar se assuntos
relacionados à escola. Assim como no Amorim, todo o aprendizado é embasado pela
legislação, mas ele acontece por meio de projetos. "Os padrões são muito
mais abertos em comparação a escolas ou livros didáticos tradicionais. Há muita
flexibilidade para trabalhar os conteúdos", explica a diretora pedagógica
do Instituto Lumiar, Célia Maria Piva Cabral Senna.
Ela acredita que saber
buscar a informação é mais importante do que decorá-la. "Hoje em dia é ilusão
achar que alguém vai saber todos os conteúdos. Hoje o acesso a informação é
fácil, mas isso não significa aprendizado", diz. A diretora pedagógica
reconhece que alguns alunos possam ter problemas quando partem para escolas
diferentes. "Alguns relatam um pouco de dificuldade em disciplinas de
maior memorização, mas isso não causa nenhum grande trauma", afirma.
Família precisa estar alinhada com os valores da escola
Sem uma rotina de testes e provas, a
adaptação de um aluno à metodologia de uma escola convencional do ensino médio
ou ao vestibular é um questionamento comum entre quem conhece as diretrizes de
instituições inspiradas na Escola da Ponte. Para a professora da Faculdade de
Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Orly Zucatto Montovani
de Assis, a resposta está na bagagem acumulada durante os anos de aprendizado
alternativo. "Esses alunos têm consciência de como se constrói o
conhecimento, eles sabem que método pode utilizar porque vêm de um aprendizado
em que um erro corrigido vale mais do que um acerto imediato", afirma. Na
opinião da especialista, um dos grandes acertos de instituições como a Escola
da Ponte e a Amorim Lima está no fato de que a proposta prevê que os próprios
alunos corrijam seus trabalhos junto ao professor, reconhecendo seus erros.
Ainda assim, existe uma
preparação para Vestibulinho de escolas técnicas, por exemplo. No Amorim, pais
de alunos ministram oficinas com simulados e dicas para as seleções. O método
fora do convencional causa estranheza em algumas famílias. Para a diretora, a
reação é natural. "Normalmente, o pai que coloca o filho em uma escola
pública pensa que é tudo igual. O Amorim cria um diálogo com a família desde o
início. Tivemos vários casos de famílias que não concordaram com o projeto e
levaram o filho para outro lugar", diz. Ana Elisa acredita que o projeto
familiar é o que define como será a adaptação do aluno ao ambiente. "Há
quem prefira colocar seu filho em uma sala com classes enfileiradas, em que
muda o professor quando o sinal toca e a lousa está cheia de conteúdo. Se a
família busca formar alguém competitivo, que queira ser o melhor, preciso
buscar outra proposta", acrescenta.
Idealizador da Escola da Ponte explica projeto
Em uma realidade tão diferente daquela com a qual a maioria dos alunos está
acostumada, o papel dos professores é fundamental. Idealizador da Escola da
Ponte, que inspirou as instituições brasileiras, o educador José Pacheco
explica que a ideia é que os projetos não sejam preparados apenas pelo
educador, mas que a construção seja feita em conjunto. "O educador não faz
planejamentos de aula; ensina os alunos a planejar e a se planejar. Ele não
prepara materiais para os alunos. Os alunos é que criam os materiais com os
professores, à medida que vão produzindo conhecimento e os desejam
partilhar", diz Pacheco, que hoje vive no Brasil e coordena um projeto
dentro da mesma linha.
Ensinar a pesquisar e
mediar os processos de aprendizagem são as outras tarefas de quem trabalha em
escolas como a Ponte, o Amorim e a Lumiar. Na escola pública do Butantã, a
formação dos professores fica por conta da rotina. Ana Elisa afirma que os
educadores não recebem capacitação antes de chegar à instituição, mas que as
questões são debatidas diariamente, em horas de estudo. "Existe um enfrentamento
por conta de expectativa de polivalência, já que todos têm de lidar com vários
conteúdos. Mas eles têm acesso a todo o material e trocam experiências
constantemente", explica.
Pacheco reconhece
problemas e propõe questionamentos ao trabalho realizado. "Os nichos de
inovação e mudança ainda são construídos à custa da dedicação e sacrifício. As
escolas continuam expostas à incompreensão, à burocracia. Apesar de já contar
quase 40 anos de projeto, a Ponte não é exceção", diz. Confrontar-se com o
insucesso de alunos deve ser, em sua opinião, outro estímulo para buscar
soluções que vão muito além de colocar a culpa no sistema. Para isso, é preciso
construir em comunidade novas formas de construir o conhecimento.